sábado, 16 de maio de 2015

Nossa Senhora do Amor Divino




Em 2003, São João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a cruz da JMJ: o ícone de Nossa Senhora, “Salus Populi Romani” (‘A proteção do povo de Roma’), uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone, encontrado na primeira e maior basílica do Ocidente para Maria, a Mãe de Deus, Santa Maria Maior. Disse o Santo Padre:

Hoje eu confio a vocês... o ícone de Maria. De agora em diante, ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o apóstolo João, a acolhê-la em suas vidas.

Foi também com este intuito que nosso Bispo, Dom Gregório, entregou aos jovens, além da cruz peregrina, a imagem da Padroeira da Diocese, Nossa Senhora do Amor Divino, para que a acolhamos e, conhecendo a história de sua devoção em nossas terras, aprendamos ainda mais a confiar no amparo e proteção da Virgem Maria, acolhendo-a como Mãe e Rainha. Conheçamos um pouco da sua história:

A estrada aberta na Serra da Estrela, por Bernardo Proença, no século XVIII, atraiu para a região serrana o casal português Manuel Antunes e Caetana, com sua filha única, Brites, que veio, depois, a se casar com o jovem português, Manoel Correia, residente numa fazenda no Rio da Cidade. Com eles veio a devoção a “Nossa Senhora do Amor de Deus”. Em 1751 inauguraram uma pequena capela, para a qual terá sido trazida, de Portugal, a imagem que hoje se encontra no Santuário de Corrêas. Em 1782, o casal resolveu mudar a sede da fazenda para o que é hoje o Colégio Padre Corrêa, ficando mais próxima da “Estrada Mineira”. Com a morte do Sr. Manoel, um dos seus filhos, que se tornou padre e administrador de toda a propriedade, o Padre Corrêa, construiu a capela do hoje Colégio.

O tempo passou... Quando foi criada a nossa Diocese, desmembrando-se de Niterói, nosso primeiro Bispo, Dom Manoel, ouviu o eco da ordem dada pelo Papa Pio XII: “É preciso construir o seminário!” A necessidade de sacerdotes! Sem recursos, o jeito foi recorrer à Mãe de Deus. Dom Manoel foi rezar na Capela de Corrêas, não a da fazenda, mas a da Vila, que hoje é sede da Paróquia e para onde tinha sido levada a imagem original, desde a sua fundação, em 1933. Pediu a Nossa Senhora e ela atendeu prontamente!

A Embaixatriz do Brasil junto à Santa Sé, Senhora Lavínia Guimarães, viúva do embaixador Luiz Guimarães Filho, sentindo a vocação à vida carmelita, não tendo filhos, doou humildemente toda a sua chácara, com todo o mobiliário, para que fosse instalado o Seminário de Petrópolis. Um verdadeiro “prodígio de Nossa Senhora”, como gostava de repetir Dom Manoel.
                       
Interessante que da família dos Corrêas não veio somente o Padre Corrêa, mas vários outros sacerdotes, sobrinhos seus, o que mostra a grande proteção de Nossa Senhora do Amor Divino – como o povo passou a designar a “Senhora do Amor de Deus” – às vocações.                       


Inaugurado em 1949, nosso Seminário está firme e próspero até hoje, dando bons sacerdotes à Vinha do Senhor.

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