terça-feira, 12 de maio de 2015

Abraçar a Cruz que nos salva

Nesta terça-feira fomos convidados a refletir sobre “Abraçar a Cruz que nos salva”.  

Estamos acolhendo em nossa Paróquia a Cruz peregrina da nossa Diocese. Entregar a cruz aos jovens, para que a levem por todo o mundo, em cada local e em cada tempo, atravessando gerações, fronteiras e limites geográficos, políticos e de fé, proporcionando a muitos jovens um encontro pessoal com Cristo, foi ideia de São João Paulo II, a partir de 1984, durante o encerramento do Jubileu da Redenção. Ao entregá-la, pronunciou estas palavras:

Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção”.

Também nosso Bispo, Dom Gregório, inspirado no gesto de São João Paulo II, ao idealizar a Jornada Diocesana da Juventude, pensou numa cruz que pudesse ser levada a todas as paróquias da Diocese, em sinal da vitória contra o pecado e a morte e a busca de uma vida nova. Lembremos as palavras do Papa a mais de 330 mil jovens, em Roma, no Domingo de Ramos de 1985:
           
 “Nesta Cruz, vemos a nossa redenção, vemos a vitória do amor sobre o ódio, vitória da paz sobre a guerra, sobre a violência, vemos a ressurreição”.

E, a partir do Adorai realizado no ano passado, começou a peregrinação deste símbolo pela nossa Diocese, levado pelos jovens e por aqueles que mantêm um coração jovem.  A cruz é sinal da esperança ao público juvenil e a toda a humanidade. A cruz está cumprindo o seu papel de lembrar à Diocese que só em Cristo há salvação e redenção.


É preciso afirmar que a Cruz não é o ponto final, nem na vida de Cristo nem na vida do cristão. E aí está precisamente o seu segredo e sua grandeza. Na vida de Cristo, a Cruz foi o caminho escolhido pela Santíssima Trindade para chegar ao triunfo da Ressurreição, que é a verdadeira meta da redenção: a vitória do Redentor sobre o pecado, o demônio e a morte, que Jesus ressuscitado nos oferece – como Vida nova e imortal – a todos nós. A Cruz levou Cristo ao cume do Amor, mas esse cume era como o monte que deve ser transposto para se atingir o vale da felicidade que não morre. O mistério da Cruz é o mistério pascal de passagem: passagem da morte para a alegria que ninguém poderá tirar. (Jo 16,22) Cristo triunfante e glorificado, ostentando com imensa alegria as chagas da sua paixão (Lc 24,39), derrama finalmente sobre nós o Espírito Santo, o Amor pessoal de Deus, que é o grande “fruto da Cruz”, para que inunde nossas almas com sua graça, com seus sete dons e com a abundância dos seus frutos: amor, alegria, paz, paciência, bondade...


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